Sector Imobiliário
O comportamento do Mercado Imobiliário em 2022, foi em todo igual aos últimos anos, começando, contudo, a sentir-se alguma actividade no final do ano. Será assim esperado para 2023, que o mercado mostre dinamismo, com a entrada de Investimento significativo na economia por parte do Executivo e reforçado com o esperado Investimento Petrolífero.
As principais características do mercado Imobiliário de Angola, são:
- Continuação da ocupação por entidades públicas estatais de edifício novos que passaram recentemente para a esfera do Estado, deixando principalmente edifícios coloniais, na baixa de Luanda, permitindo poder iniciar-se uma nova fase do ciclo de vida do mercado imobiliário de Luanda, com a reconversão destes edifícios para outros usos;
- Continuação da entrada no mercado de muito activos imobiliários, resultado da recuperação de crédito mal parado por parte do sector financeiro.
Muitos Bancos colocaram estes activos em Fundos de Investimento Imobiliário;
É esperado para 2023 que exista um maior dinamismo na Procura, começando a sentir-se o clima de confiança que há tanto falta ao mercado
- Posse/Utilização/Ocupação dos activos tem grande força jurídica;
- Poucos terrenos com escritura colonial registada (de posse plena);
- Insegurança jurídica na transmissão da propriedade, especialmente terra;
- Começam finalmente a surgir no país terrenos infraestruturados para comercialização, cuja entidade estatal responsável, é a EGTI – E
ntidade Gestora de Terrenos Infra-estruturados EP;
- Tardam a entrar formalmente os Planos Directores para as Cidades, havendo trabalho desenvolvido nesse sentido;
- As infraestruturas básicas na grande Luanda têm melhorado significativamente especialmente em relação à energia eléctrica. No resto do país, a situação tem melhorado de forma mais lenta;
- Novo aeroporto de Luanda com a obra bem avançada;
Novo porto de Luanda, a norte de Luanda, começa a ser cada vez mais falado e a ganhar forma;
- Poucos contratos de arrendamento com indexação anual ou actualização cambial;
- Tipicidade dos contratos, de duração anual, renováveis, dada a incerteza do ambiente económico, os inquilinos procuram a máxima flexibilidade, é esperado que com uma maior procura, os prazos possam aumentar;
- Condomínio, normalmente, por conta do inquilino, contudo o universo petrolífero procura um pagamento único, com tudo incluído, renda imobiliária, condomínio e serviços de manutenção interna das activos que contrata;
- Segmento de Retail, começa a mostrar timidamente sinais positivos;
- Apesar de uma Banca mais robusta, há grande dificuldade do financiamento à Economia, onde se inclui o Imobiliário.
Fonte: Abaccus